"Até onde podemos ir? Até o limite do suportável. Um belo dia, depois de inúmeras repetições do mesmo erro, a gente desiste. Com tristeza pela perda, mas com alegria pela descoberta, diz pra si mesmo: cheguei até aqui.
E, então, a vida muda."
Martha Medeiros
Não nos demoremos nos intervalos. A vida é feita de (con)sequências.
É preciso seguir. Mudar, transformar, alterar. Entendo que os momentos se encerram, renovam as vontades e as certezas, mas acima de tudo sugerem coragem para que tentemos ser um pouco diferentes, e quem sabe, melhores.
"Cair sete vezes, levantar oito...". Eu concordo com a brava Cora, "...mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."
Decidir ir. Ficar. Entender. Aceitar. Perdoar. Recomeçar.
No infinito de cada tempo ido, momento vivido, ciclo fechado, sonhos passados, altos, baixos, há sempre uma renovação, um olhar que te convida a perceber o novo da vida. Há tanto para ser visto! Tudo nos é dado. Ontem me joguei em uma corrente do bem, destas que encontramos nas mais simples pessoas, enraizadas na vida com verdades e bons propósitos. Senti jorrar "água viva" no meu peito, e na mesma hora desejei fluir junto, anunciando que toda esperança é rica, fértil e generosa. E ela que somente por anunciar alegria, nos dando a chance de vê-la, era a mais divinamente iluminada.
Sejamos também pontes para o bem.
Mesmo sendo fracos e imperfeitos, com nossas falhas e tentativas, podemos desejar e confiar nas possibilidades infinitas que só o bem realiza. É o primeiro passo para que elas aconteçam. Acredito que a partir do desejo verdadeiro, toda mudança é real. Então, caso deseje, mude agora para o que você quiser ser, ou não. Mas decida sobre você.
Mona
Crato, Julho de 2012.