terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Perolizar é preciso...

É preciso cuidar com muito carinho do que floresce das nossas alegrias, dores ou desencontros. Na simplicidade da existência, é bacana saber que entre o silêncio da concha e a conseqüência de ser pérola, sempre terá sido frutificado um sentimento que coexistirá conosco após a sua maturação. "Natural que seja assim..."

Que eu nunca esqueça que todas as lições inscritas nas coisas do mundo que eu escolher viver, virão para melhorar quem eu sou. Mesmo que incomodem, e que me doam o peito até me instigar o pensamento, me fazer abrir o coração, esvaziando-no em lágrimas, devo acreditar que posso melhorar, se assim o quiser.

Que eu também lembre como a compreensão e o tempo podem ser instrumentos benignos para toda poeira que me invadir, e porque devo incorporá-la, até que se encerre em si, e saia para você melhor do que me visitou. Hoje ouvi de uma amiga que “sentimentos não são fingimentos.” Devemos senti-los antes de vivê-los, ou anunciá-los. É interessante que os germinemos bem antes de eternizá-los no coração de alguém. Será que parecerei muito romantica se disser que é preciso "perolizar" o que nos habita? Só depois de termos um coração precioso, poderemos presentear o outro com o melhor que temos em nós, e que costumamos dizer que não tem preço...a sinceridade, a verdade.

Ainda ontem, lembrei do Jogo do Contente, com uma outra amiga, igualmente querida. Falávamos em como devemos exercitá-lo com o propósito de definir que os bons pensamentos, sugiram ótimos acontecimentos. E onde tudo é consciência, vamos absorvendo o hábito de fazer das melhores e mais floridas certezas, as coisas certas a fazer.

...E mesmo que eu tente mais do que consiga, continuo pedindo para não guardar nada que não mereça ser revivido, e que pérolas e flores sejam o resultado de tudo que me dói. Ao final das compensações, a maior delas será que sempre terei um mundo infinitamente mais bonito por fora, e genuinamente belo por dentro.

Mona,
Crato, dezembro de 2011.

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