- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende."
Clarice Lispector
É certo que existem pessoas mais intensas do que outras. Há as que se reconhecem nos seus próprios sorrisos, e por isso riem tanto, com uma alegria quase irritante. Estas têm características marcantes, que se exibem permanentemente. Não sei explicar porque alguém se permite sentir mais ou menos, ou como algumas verbalizam os sentimentos sem falsos pudores, enquanto outras não os reconhecem, ou assumem. Acredito que aquelas sabem que o amor não mata, mas a falta dele, sim. O amor não precisa fazer sentido, mas descrever o que sentimos nos dá um. Além de ser esclarecedor, conscientiza-nos sobre quem somos, e consegue fazer com que jamais percamos o sonho de sorrir verdadeiramente, comemorando a natureza dos sentimentos junto de alguém que generosamente, também os sinta. Assim pede Chico em Joana Francesa..."mata-me de rir, fala-me de amor", com todo o seu charme e apelo irrecusáveis.
Rita Lee, que entende além do que sabemos sobre a liberdade, e provavelmente tem um espírito intenso e sedento como o da Lispector, também viveu um grande amor e o colocou em palavras. Com ele, escreveu "Coisas da Vida" e nos revelou com os seus medos iguais aos nossos, a simbiose que há entre as escolhas, os passos e as dúvidas. Todos receamos os desencontros e a perdição dos "se" de todo o resto, mas esquecemos que no fim, o propósito de toda a caminhada é mesmo um só...encontrar a felicidade e ter a paz de vivê-la. Caminho este que deveria vir inscrito em nós, para nos setenciar à encontrá-lo, ou quando durante os passeios pelos cruzamentos da vida o encontrássemos, que recebêssemos a garantia de não perdê-lo. Poderia ser um carimbo, um registro, um selo, uma luz..., uma palavra.
Rita Lee, que entende além do que sabemos sobre a liberdade, e provavelmente tem um espírito intenso e sedento como o da Lispector, também viveu um grande amor e o colocou em palavras. Com ele, escreveu "Coisas da Vida" e nos revelou com os seus medos iguais aos nossos, a simbiose que há entre as escolhas, os passos e as dúvidas. Todos receamos os desencontros e a perdição dos "se" de todo o resto, mas esquecemos que no fim, o propósito de toda a caminhada é mesmo um só...encontrar a felicidade e ter a paz de vivê-la. Caminho este que deveria vir inscrito em nós, para nos setenciar à encontrá-lo, ou quando durante os passeios pelos cruzamentos da vida o encontrássemos, que recebêssemos a garantia de não perdê-lo. Poderia ser um carimbo, um registro, um selo, uma luz..., uma palavra.
Para mim sempre fez tanta diferença percorrê-lo, que entre "viver ou saber que se está vivendo..." mesmo vivendo sob "o sagrado risco do acaso", escolhi sentir, porque já sei que saber é para quem sente. Vivendo sonhando, mas sentindo.... E mesmo sentindo que "ninguém sonhava mais do que eu", aprendi que até quem sonha e sente menos, tem o olhar voltado para as estrelas e procura vê-las, inclusive nos olhares. Pena que nem sempre estamos prontos para reconhecê-las nos encontros, e deixamos passar algo que fará muita falta, mas só no futuro. É certo que ele chegará, e junto virão todos os pensamentos sobre as dúvidas, sobre os sonhos, e as pessoas. Entre uma lua e outra, precisaremos de uma pausa para avaliar aonde escolhemos ir e perceber como estamos. Tomara a Deus que o resultado seja inteiro entre nós e o que continuamos a querer do mundo, mas se não for..."E porque há o direito ao grito, então eu grito..." não se ofenda, é a graça de compor o destino não escrito. Sempre poderemos escolher outra sorte, e outra saída.
“Depois da estrada, começa uma grande avenida.
No fim da avenida existe uma chance, uma sorte, uma nova saída.
São coisas da vida.
E a gente se olha, e não sabe se vai ou se fica..."
Mona.
Crato, março de 2012.
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