segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mudaram as estações...


Quando eu for, um dia desses, poeira ou folha levada no vento da madrugada,
Serei um pouco do nada invisível, delicioso, que faz com que o teu ar pareça mais um olhar,
suave mistério amoroso, cidade de meu andar (Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Mário Quintana
...Como é difícil vestir a mudança das estações, e entender a substituição das presenças e característícas que nos enraízam. É igualmente duro aceitar a despedida de tudo o que foi idealizado, sonhar os sonhos transformados, e substitui-los pela esperança que deve ser sempre semente germinada. Mas, tendo este ponto de luz no peito, será providencial acreditar que nasceremos filhos da próxima estação, e como uma mãe, ela virá com cuidado nos resgatar da anterior e nos mover adiante da dor que é despedirmo-nos de um agora.

Mona,
Crato, 05 de setembro de 2011.

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