sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"A paz do mundo começa em mim."


"Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos."
Martha Medeiros

Quem mais, além de você, sabe tanto de você, do que você mesmo?!??!
...Pensando nisso me dei conta de como é difícil comprar a personalíssima batalha diária de superar (pre) conceitos e consciência, engolir frustrações, e à elas oportunizar a evolução, fazendo-nas ser motivos de vitórias.
Mas igualmente caro é pagar por não fazê-lo.

Em muitas prestações, pagas em anos e com anos, tento saldar os meus erros, tão somente com as moedas que a solidez do meu hoje me oferece. Ando tentando. O provável pagamento nem sempre é justo, mas sempre é possível. O interessante é não deixar saldos a pagar. A firmeza e a resolutividade de cada um possibilitarão uma negociação finita para algumas pendências. O que elas não garantem, e nada mais que eu conheça também, é a satisfação do ponto final, porque somos um produto irritável com “por quês” latentes. Interrogamo-nos a cada momento sobre as opções feitas, e suas conseqüentes variações no tempo que é medido lá dentro, nos nossos sonhos e coração. Fazer o que?! É assim desde que achei ter crescido e entendi que mesmo as certezas são variáveis. Nestas brechas de cada dia, quando o cansaço recai sobre o nosso olhar quase feliz, sugiro para mim mesma que “o amanhã chega já”, como me disse uma voz amiga, cheia de amor.

Lamento por quem desiste "com medo de tentar", mas o sentimento que antecede à paz do momento seguinte é de fato o receio e a sensação de comodidade. É preciso desejar o segundo passo, porque o primeiro deles é importante e projeta em nós a euforia de um novo horizonte, mas não nos leva caminho afora. Ter razões para viver adiante, é poético, mas ainda não basta para que destranquemos a porta, e indo até a frente da nossa casa, entendamos que o nosso caminhar começa por dentro. Sair do conforto do que me cerca neste momento é perturbador, mas sei que do romper com ele florescerá liberdade naquele amanhã de tempo duvidoso que sempre se apresenta.

Há quem ache muito. De fato, para muitos, e em tantas vezes, ficar onde estamos, doerá menos, e neste caso, o terceiro passo dependerá exclusivamente das condições com as quais contratamos a felicidade para o nosso peito. Entre todas, a mais importante é verdadeiramente desejá-la. O meu tempo é meu, e eu saberei como melhor cumpri-lo quando a atitude de SER for maior que o desejo de TER. Ainda na partilha do Padre Elias, aprendi a relação de simbiose que envolve estas duas palavras. Entre tantas coisas generosas, aprendi que SER apaziguados nos fará TER paz para oferecer....E Antes de tudo, paz. Para você e para mim.

Mona,
Crato, 11 de novembro de 2011.

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