sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sons do coração!




Sons me convidam.
Gosto de ter musicalidade à flor da pele...acho que ela nos ajuda a enraizar os sentimentos na sua melhor forma. Cada letra, sua história contada, musicada...percebo que o meu caminho tem ritmo. Como a melodia, eu tenho tom. E posso usá-lo como ponte para me interpretar, me lembrar, despertar...para me transportar. Sei que sou como ela...e juntas somos compassadas ou aceleradas, podemos ser românticas, vivas, com paixão ou com saudade, possuímos lamentos, refletimos alguma tristeza...mas também somos construtoras de esperanças e dividimos vivências, com e sem solução. Para o que não tem saída, um novo arranjo, uma outra introdução...vamos aos recomeços.

Memória revirada, e descubro um sentido para essa identidade...vejo na minha coleção de sentimentos que eles são como os instrumentos usados na composição de cada uma das músicas da minha vida. Uns têm intensidade, sempre somos dias mais, dias menos, alguma coisa. Outros têm frequência, escolhemos ou não, repetimos caminhos, e prometemos nunca mais repetir, repetidas vezes...E quem não é intenso, ou frequente, têm timbre...é o fator surpresa, mas é a definição da criação. Nascem à medida que a necessidade exige, e em mim podem soar mais altos, ou mais baixos do que no outro. É interessante saber que o resultado desta, e de todas as outras construções está na inspiração, na boa condução, na execução.

Frases como : " Você é o que você faz!" ou " Você é o que você pensa!" são imperativamente verdadeiras, para não dizer sentenciadoras. Hora de voltar...

Lembrei que comecei meu pensamento por uma única frase de uma das músicas lindas do seu Jorge com a Ana Carolina..."Um vendedor de flores, ensinar seus filhos a escolher seus amores". Como é importante esta lição...Nem consigo dimensioná-la na escala normal de aprendizagem se ela é mais ou menos importante que saber ler e escrever...porque se eu não souber ler uma palavra, mas conseguir enxergar um coração, farei alguém no mundo mais feliz que se tivesse ouvido a melhor das palavras, fosse ela cantada, ou não.

Ensinamentos bem plantados no coração são filtros para a vida toda. Podemos ser muito comtemplados na colheita. Sim, eu sei que plantamos o que quisermos...o que soubermos...mas colhemos sempre o que disto frutificar, mesmo que seja nada. Uma colheita vazia virá de um terreno, ou de um saco de sementes inférteis. "Quando se aprende a amar...o mundo passa a ser seu...", quando não...

É deslumbrante ver quando as pessoas colhem luz. Os caminhos são contínuos e duradouros, e leves são os seus passos na busca. Lágrimas escassas denunciam que a escolha foi a correta. Escolher bem os amores, as pessoas, não as que cruzam, mas as que permanecem nas nossas vidas é básico, simples, mas é sabedoria plena. Exige coragem, recuo, começo, meio...fim. Acredito que estruturar o coração com boas lembranças, e fortalecê-lo com esperança e boa fé te dão o primeiro degrau. Ser desarmado ajuda, mas ainda é preciso sorte. Para isto, há a crença. Sempre caberá mais um apelo, amém.

Por fim, me arrepiam aqueles que são sensíveis aos sinais espalhados pelo mundo, e que assim como em um jogo de sete erros, podem confundir-nos.... ah, tantos são os nossos sentimentos, e se só sete fossem os erros... Mas novamente posso me alimentar das palavras somadas ao amor que as transforma em milagres, e seguir cantando até encontrar o tom que melhor me cair. O que vale é compor! É ser nota de coração.

Mona.
Crato, 27 de julho de 2011.

"É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Eu Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar."



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