sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Para onde vamos?

"Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim...doce ou atroz, manso ou feroz, eu caçador de mim...
Nada a temer senão o correr da luta. Nada a fazer senão esquecer o medo. Abrir o peito a força, numa procura. Fugir às armadilhas da mata escura. Longe se vai sonhando demais. Mas onde se chega assim?
Vou descobrir, o que me faz sentir. Eu, caçador de mim."
M. Nascimento

Onde chegamos assim, sonhando demais? E se não sonhamos, para onde vamos? Seguindo, tentando, chorando, ficando, errando, voltando, acertando, sorrindo, seguindo... "vontades que se repetem, em atitudes que se renovam." O dificil é pisar no chão sempre sabendo a direção. E mesmo não sabendo, como não pisar?! Não acredito que o destino permaneça estável, esperando que o encontremos, apontando para uma única opção. Caso fosse assim, seria sentença, e não composição de escolhas a cada passo.

Entre definir para que, como, com quem ir, aceitando quem já veio, já chegou ou saiu, de que forma foi ou será, aonde e até quando vivendo entre os " é assim" ou "porquê não" de cada um, e que cada um se diz, incorporar-se continua sendo a maior das descobertas. Assimilar os sentimentos e torná-los fatos, em vez de poesia, deve ser construção com finitude. Caso contrário, o risco de desabamento ante o tempo inerte, será uma ameaça constante ao sorriso de amanhã. As fugas devem ter hora para acabar, e até os avanços.
Sim, é hora de voltar de mim.
Sobretudo, ainda é tempo de descobrir.


Mona,
Crato, Janeiro de 2012.

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