"Com agulhas de prata, de brilho tão fino, bordai as sedas do vosso destino."
Vou me tecendo aos poucos, costurando os dias sem pressa, sem nenhuma pretensão de acabar-me, porque para sentir sempre será hoje. Customizando os retalhos de cada instante, contrariando a sua típica brevidade, aprendo sobre a eternidade de de cada recomeço.
Entre as possibilidades ilimitadas da Clarice "...e quando mesmo assim, eu não tenho coragem, então eu sonho", e as sugestões esperançosas do Chico "...mesmo com o todavia; Com todo dia; Com todo ia; Todo não ia; A gente vai levando", vivo a vida que é para ser vivida em cada momento, acreditando que os astros, que Deus, e eu, conspiramos ao meu favor, e por isso "tudo está no seu lugar."
Adoro conspirar sobre a felicidade com o Chico, e intuir coisas do bem, ouvindo com atenção e zelo o que "Um marinheiro me contou, que a boa brisa lhe soprou, que vem aí bom tempo". Sempre é preciso reconhecer, e respeitar o fim de um ciclo, para recepcionar sem passividade, e com alegria o novo que chega para nos acrescentar.
Eternizo o meu hoje, que já quase se foi, com o eco bacana do Pessoa no meu pensamento cada vez mais livre, concordando "...que quantos me lessem aprendessem (...) a não ter sensações nenhuma perante os olhares alheios e as opiniões dos outros, que são só os outros."
Eis a vida a rodar, viva.
É assim, e que eu a siga entre linhas e pontos, com suas cores e arremates, sob as rendas dos caminhos bordados pelas minhas direções.
Mona.
Crato, Janeiro de 2012.
2 comentários:
Mona, a Sua sensibilidade é de Maria. Maria na Sua sensibilidade, é também doce, amiga, companheira, fiel, confiante, amorosa, forte, guerreira,... Amei o blog! Super beijo! Elis
Amiga, adorei vc aqui, doce como sempre. Vc é uma Maria cheia de propriedades. É sempre bom e enriquecedor ter vc por perto, além de no coração.
Um beeeeeeeeeeeijo enorme!
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