E a Clarice enquanto morava no exterior, em virtude da vida diplomática do seu marido, comunicava-se com os seus amigos por cartas. Longas e lindas cartas que podemos conhecer no livro Correspondências. Rocco, 2002.
Como era bacana e saudável àquela comunicação. Ainda consegui fazer parte desta delícia que era trocar cartas, quando saí cedo de casa para estudar fora do Crato. Tinha tanta alegria ao vê-las em cima da cama quando retornava do colégio, que dia desses ainda arrisquei causar a mesma alegria em um amigo querido. Enviei-lhe algo pelo bom e velho correio - em envelope amarelo, lacrado com um pincel embebido em cola branca.
Voltando ao livro, esta última que li é a resposta do Manuel Bandeira à Lispector, em 13 de agosto de 1946. Achei muito linda a forma como despediu-se dela, reafirmando ser um amigo do qual ela jamais deveria ter medo. Tão bom quanto ler, é ter certezas de abrigos como este!!
Voltando ao livro, esta última que li é a resposta do Manuel Bandeira à Lispector, em 13 de agosto de 1946. Achei muito linda a forma como despediu-se dela, reafirmando ser um amigo do qual ela jamais deveria ter medo. Tão bom quanto ler, é ter certezas de abrigos como este!!
"Escreva-me Clarice. Escreva carta. Um cartãozinho seu já é uma delícia. Mas eu quero a delícia maior das cartas. E fale de você. Fale muito de você. Nunca tenha medo de falar de você para mim.
Receba um abraço e as saudades de...Manuel"
Receba um abraço e as saudades de...Manuel"
Esta e mais algumas das cartas estão disponíveis no site da Clarice.
http://www.claricelispector.com.br/carta_manuelBandeira.aspx
http://www.claricelispector.com.br/carta_manuelBandeira.aspx
Crato, fevereiro de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário