"Dois monges certa vez viajavam juntos por uma estrada lamacenta. Uma pesada chuva ainda caía, dificultando a caminhada. Chegando a uma curva, eles encontraram uma bela garota vestida com um quimono de seda e cinta, incapaz de cruzar a intercessão.
... - Venha, menina. - Disse um dos monges de imediato.
Erguendo-a em seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal. O outro monge não falou nada até aquela noite quando eles atingiram o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e disse:
- Nós monges não nos aproximamos de mulheres. Especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por que fez aquilo? - Disse ele.
- Eu deixei a garota lá. Você ainda a está carregando? - Respondeu o outro monge."
Parábola budista.
... - Venha, menina. - Disse um dos monges de imediato.
Erguendo-a em seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal. O outro monge não falou nada até aquela noite quando eles atingiram o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e disse:
- Nós monges não nos aproximamos de mulheres. Especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por que fez aquilo? - Disse ele.
- Eu deixei a garota lá. Você ainda a está carregando? - Respondeu o outro monge."
Parábola budista.
Adorei essa parábola!!
Nos conta também sobre a situação onde muitas vezes, aquele que nos critica por uma ação, tem o coração impuro, como o nosso que a praticamos não o é. Interessante ver que o que é importante é o que que se faz com o pensamento e o que sentimos em relação à ele = atitude, e não a crítica e o apontamento do outro, sendo esta acusação somente reflexo da sua própria covardia. Neste caso, acaba-se por ser muito rigoroso com o proximo, para obrigar-se a ser consigo mesmo. Pessoas que não agem com liberdade, por vontade, com consciencia, precisam fazer essa vigília alheia. Quanta ilusão! É perda de tempo procurar no outro aquilo que não está em você, já que não se adquire nada por imposição. Isso me fez pensar se alguém acredita mesmo que sugerir o mundo à amargura poderá de alguma forma ser condição de felicidade?
Não precisa pensar muito. Não há como.
A lei do retorno não é esta.
Quem é feliz não perde tempo acusando quem também o é. Neste caso, o tempo será gasto na partilha e no encontro das alegrias. Já quem não é..., prefere não entender que também pode ser, e inveja o sorriso alheio, como se aquela luz lhe fosse uma ofensa. Como incrédulamente lamenta o Chico: "...Qual o quê...?!?"...Para deixarmo-nos envolver pela alegria, é preciso escancarar o peito, libertando-no de tantas convenções. Devemos estar desarmados! Sempre é tempo de desamarrarmos projeções, de assumirmos as culpas e frustrações, de renovarmos as nossas promessas particulares e seguirmos mais leves, na condição de sermos iguais, comuns, sabendo que somos apenas "uma possibilidade", como nos relembra o querido Padre Elias ao citar o filósofo Roberto Crema. Enxergando com lucidez e generosidade poderemos ir tão libertos pela "estrada afora", que o bom caminho há de nos encontrar. O monge livre nos diria: " Venha, menina!!"...Eu acho que podemos ir, sem pressa, maturando os sonhos e limites. Seremos felizes sozinhos, aos pares, aos montes, de olhos bem abertos, contemplando as passagens, olhando para dentro mais do que para fora. É melhor não perdermos de vista à alma e o coração, enquanto enfrentamos, ou não, os incontáveis percalços que encontraremos a cada escolha feita.
Quando aprendermos a contar somente as estrelas, na eterna dinâmica de desfocar a contagem das "pedras" de cada um, a soma dos passos terá o brilho que merece. Para isto, é preciso mudar o campo de visão. Basta piscarmos os olhos, e antes de abri-los, darmos outra direção ao nosso olhar e pensamento.
Iluminar o mundo diariamente, é antes de tudo, uma decisão nossa.
Mona.
Crato, fevereiro de 2012.
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