Countdown...
Avisemos à esperança que são só 6 dias.... para vivermos outros dias, em uma contagem nova. Adoro dar razão ao Drummond, quando ele resolveu entender o poder de cortarmos o tempo...
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."
Desconheço um símbolo mais forte para a representação do universo feminino do que o nome Maria. Acho que nada pode sugerir maior inclusão na condição singular de sentir do que ser uma Maria. A Maria é mulher, mãe, amiga, é coração que sente, é a certeza de colheita em qualquer estação. Assim, aqui espero encontrar da soma do universo de cada um, a construção do que nos une, nos forma, nos aproxima, e do que partilhamos tentando aprender sobre a Unidade do mundo inteiro.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Feliz Natal todos os dias.
"Se é correto afirmar que enquanto houver vida há esperança, também o é dizer que enquanto houver esperança, haverá vida."
(Pe. Airton freire)
...Que o renascer diário nos permita enxergar que felizes poderão ser todos os dias em que o Natal habitar o nosso coração, quando fizermos do Novo Tempo, o tempo de AGORA!
... Feliz Natal todos os dias!
Mona
Crato, dezembro de 2011.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Perolizar é preciso...
É preciso cuidar com muito carinho do que floresce das nossas alegrias, dores ou desencontros. Na simplicidade da existência, é bacana saber que entre o silêncio da concha e a conseqüência de ser pérola, sempre terá sido frutificado um sentimento que coexistirá conosco após a sua maturação. "Natural que seja assim..."
Que eu nunca esqueça que todas as lições inscritas nas coisas do mundo que eu escolher viver, virão para melhorar quem eu sou. Mesmo que incomodem, e que me doam o peito até me instigar o pensamento, me fazer abrir o coração, esvaziando-no em lágrimas, devo acreditar que posso melhorar, se assim o quiser.
Que eu também lembre como a compreensão e o tempo podem ser instrumentos benignos para toda poeira que me invadir, e porque devo incorporá-la, até que se encerre em si, e saia para você melhor do que me visitou. Hoje ouvi de uma amiga que “sentimentos não são fingimentos.” Devemos senti-los antes de vivê-los, ou anunciá-los. É interessante que os germinemos bem antes de eternizá-los no coração de alguém. Será que parecerei muito romantica se disser que é preciso "perolizar" o que nos habita? Só depois de termos um coração precioso, poderemos presentear o outro com o melhor que temos em nós, e que costumamos dizer que não tem preço...a sinceridade, a verdade.
Ainda ontem, lembrei do Jogo do Contente, com uma outra amiga, igualmente querida. Falávamos em como devemos exercitá-lo com o propósito de definir que os bons pensamentos, sugiram ótimos acontecimentos. E onde tudo é consciência, vamos absorvendo o hábito de fazer das melhores e mais floridas certezas, as coisas certas a fazer.
...E mesmo que eu tente mais do que consiga, continuo pedindo para não guardar nada que não mereça ser revivido, e que pérolas e flores sejam o resultado de tudo que me dói. Ao final das compensações, a maior delas será que sempre terei um mundo infinitamente mais bonito por fora, e genuinamente belo por dentro.
Mona,
Crato, dezembro de 2011.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Aportando.
"Não é à toa que entendo os que buscam caminho.
Como busquei arduamente o meu!
E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho.
Eu que tinha querido O Caminho com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvore, o atalho onde eu seja finalmente eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: Meu caminho não sou só eu, é outro, ele é os outros!
Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei:
eis o meu porto de chegada.”
CLispector
Reconhecendo a importância de quem nos soma à vida, acredito estar ancorando meu coração nas terras mansas dos sem pressa, no mundo dos que aceitam passos lentos - próprios e alheios, na casa dos que são crentes na sincronia entre o universo e as pessoas de fé, no espaço da comunicação entre sorrisos e olhares que contam sobre a odisséia que vivemos a cada dia.
Os outros estão muito mais em nós do que pensamos. E agora sendo tempo de entendimento, de partilha das certezas que aprendemos a atestar com quem as quer sentir, digo que em um olhar com esperança, vimos histórias feitas de palavras que não têm som.
Ontem tive a graça de conhecer uma senhora que me ensinou com esse olhar que adentra, e que faz florescer na nossa alma o aportamento no paraíso, ela que com quase nenhuma palavra me disse de forma tão intensa que temos o que precisamos dentro de nós, e que podemos reagir com calmaria ao frio das tempestades. Chorei de alegria eu, por poder ter cruzado com alguém de coração tão puro. Ela é o próprio Socorro sempre que a chamam, e não é em vão que a sua filha se chama Vitória. De ricas que são, não imagino alguém em pódium mais alto que o delas duas na minha admiração, no qual permanecem de pé, sorrindo, e abraçadas ao calor de dezembro.
É comum afirmar isso, e parecerá tudo sempre igual,"com sorriso pontual", mas não...sentir nunca é igual. Ver é sempre diferente. Ouvir do outro que o caminho (sôfrego) é feito de bençãos, é safra de humildade pra carregar no colo, no peito, no pensamento...dentro da gente, de forma que não nos escape por todo o tempo da nossa vida, entre todos os plantios e as colheitas que fizermos.
Os encontros são lições que devemos levar durante a nossa busca, seja pelo caminho, ou pelo atalho que cada um construir para si, por serem eles os compositores da nossa estrada. Através de cada um dos encontros, devemos entender que o caminho correto, será aquele que caberá sempre mais de um de nós.
Que nos seja dada a graça do entendimento, o qual nos permitirá ter, e ser, companhia na travessia.
Mona,
Crato, dezembro de 2011
Como busquei arduamente o meu!
E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho.
Eu que tinha querido O Caminho com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvore, o atalho onde eu seja finalmente eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: Meu caminho não sou só eu, é outro, ele é os outros!
Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei:
eis o meu porto de chegada.”
CLispector
Reconhecendo a importância de quem nos soma à vida, acredito estar ancorando meu coração nas terras mansas dos sem pressa, no mundo dos que aceitam passos lentos - próprios e alheios, na casa dos que são crentes na sincronia entre o universo e as pessoas de fé, no espaço da comunicação entre sorrisos e olhares que contam sobre a odisséia que vivemos a cada dia.
Os outros estão muito mais em nós do que pensamos. E agora sendo tempo de entendimento, de partilha das certezas que aprendemos a atestar com quem as quer sentir, digo que em um olhar com esperança, vimos histórias feitas de palavras que não têm som.
Ontem tive a graça de conhecer uma senhora que me ensinou com esse olhar que adentra, e que faz florescer na nossa alma o aportamento no paraíso, ela que com quase nenhuma palavra me disse de forma tão intensa que temos o que precisamos dentro de nós, e que podemos reagir com calmaria ao frio das tempestades. Chorei de alegria eu, por poder ter cruzado com alguém de coração tão puro. Ela é o próprio Socorro sempre que a chamam, e não é em vão que a sua filha se chama Vitória. De ricas que são, não imagino alguém em pódium mais alto que o delas duas na minha admiração, no qual permanecem de pé, sorrindo, e abraçadas ao calor de dezembro.
É comum afirmar isso, e parecerá tudo sempre igual,"com sorriso pontual", mas não...sentir nunca é igual. Ver é sempre diferente. Ouvir do outro que o caminho (sôfrego) é feito de bençãos, é safra de humildade pra carregar no colo, no peito, no pensamento...dentro da gente, de forma que não nos escape por todo o tempo da nossa vida, entre todos os plantios e as colheitas que fizermos.
Os encontros são lições que devemos levar durante a nossa busca, seja pelo caminho, ou pelo atalho que cada um construir para si, por serem eles os compositores da nossa estrada. Através de cada um dos encontros, devemos entender que o caminho correto, será aquele que caberá sempre mais de um de nós.
Que nos seja dada a graça do entendimento, o qual nos permitirá ter, e ser, companhia na travessia.
Mona,
Crato, dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Paz a cada passo.
"O primeiro passo para o bem, é não fazer o mal!"
É fácil assim...comece revendo os seus motivos, limpando o seu coração dos maus propósitos, peneirando os pensamentos egoístas e infantis, assumindo as suas culpas e frustrações, admitindo que o outro pode sim, não ter a obrigação de retribuir-lhe grosserias, e você já estará em melhor caminho!
A quem ambiciona o mal alheio, desejo que a misericórdia divina aja no seu olhar e intenções. É tão mais bacana e saudável, deixar rastros de amor e amizade por quem passamos. Torço para que esta seja uma vontade coletiva, mas enquanto não é, defendo a minha família com fé e amor!
Que Maria passe na frente dos nossos passos, amém!!
Mona,
Crato, 05 de dezembro de 2011.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Tudo está no seu lugar...
...Me despedindo de novembro, relembrando que estamos sempre recomeçando. E assim como a Clarice, acho que "...de certo tudo deve estar sendo o que é."
para agora, desejo somente que dezembro chegue manso, e que entre as flores e brisas desta época, sopre sonhos felizes nas nossas vidas, fazendo-nos férteis, restauradores, alegres, esperançosos e coloridos como todo dezembro o é!
Começemos a contagem regressiva para um novo tempo em cada coração.
1,2,3...
Mona.
Crato, 30 de novembro de 2011.
para agora, desejo somente que dezembro chegue manso, e que entre as flores e brisas desta época, sopre sonhos felizes nas nossas vidas, fazendo-nos férteis, restauradores, alegres, esperançosos e coloridos como todo dezembro o é!
Começemos a contagem regressiva para um novo tempo em cada coração.
1,2,3...
Mona.
Crato, 30 de novembro de 2011.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Quintana com amor.
“A maior dor do vento é não ser colorido!"
Mário Quintana
Imagino porque o vento gostaria de deixar rastro. Não vejo necessidade no seu desejo. Senti-lo no rosto já é mágico, não preciso que ele me pinte o caminho que fez para que eu o conheça. A sua ausência em tons ou matizes, o deixa único para cada momento em que sopra o que é vivo.
Como o mesmo Mário diz ainda que "a poesia não se entrega a quem a define", prefiro seguir entendendo que a exemplo da limitação do vento em não pintar o mundo e se fazer ver entre cores, ele se faz sentir, o que é absolutamente inteiro, e dispensa explicações. Caso o compare com o amor, ambos são sentidos, perceptíveis, mas não visíveis. O amor pode ser visto porque se materializa em um abraço, um sorriso, em um coração que acolhe alguém entre cuidado e atenção, ou na companhia de mãos dadas que seguem entre sonhos e alegria, mas o amor é para sentir, ainda que não visto, tanto quanto o perdão, a felicidade, a esperança, ou outro dos nossos tantos sentidos que fazem as nossas muitas entrelinhas, igualmente abstratas mas nem por isso menos intensas e reconhecidas.
Para isto também não é preciso ver. Melhor ficar com a beleza particular de sentir. Duvido que haja algo mais colorido que sentimento.
Mona,
Novembro de 2011.
Mário Quintana
Imagino porque o vento gostaria de deixar rastro. Não vejo necessidade no seu desejo. Senti-lo no rosto já é mágico, não preciso que ele me pinte o caminho que fez para que eu o conheça. A sua ausência em tons ou matizes, o deixa único para cada momento em que sopra o que é vivo.
Como o mesmo Mário diz ainda que "a poesia não se entrega a quem a define", prefiro seguir entendendo que a exemplo da limitação do vento em não pintar o mundo e se fazer ver entre cores, ele se faz sentir, o que é absolutamente inteiro, e dispensa explicações. Caso o compare com o amor, ambos são sentidos, perceptíveis, mas não visíveis. O amor pode ser visto porque se materializa em um abraço, um sorriso, em um coração que acolhe alguém entre cuidado e atenção, ou na companhia de mãos dadas que seguem entre sonhos e alegria, mas o amor é para sentir, ainda que não visto, tanto quanto o perdão, a felicidade, a esperança, ou outro dos nossos tantos sentidos que fazem as nossas muitas entrelinhas, igualmente abstratas mas nem por isso menos intensas e reconhecidas.
Para isto também não é preciso ver. Melhor ficar com a beleza particular de sentir. Duvido que haja algo mais colorido que sentimento.
Mona,
Novembro de 2011.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Uma Toada para João e Maria - XII Mostra Sesc Cariri - 2011.
Imperdível!!!
Hoje, no CTC, às 22h!
O Amor segundo Chico Buarque, conta e canta a história de um casal desde a primeira troca de olhares, passando pela paixão inicial, pelo ciúme e separação, saudade e recomeço, tendo como fio condutor as músicas de Chico e citações de grandes especialistas no assunto como Carlos Drummond de Andrade, Roland Barthes, Adélia Prado, Nelson Rodrigues, Oscar Wilde e Bernard Shaw.
Com Lilian de Lima (voz), Rodrigo Mercadante (voz) e Milton Morales Filho (direção).
Hoje, no CTC, às 22h!
O Amor segundo Chico Buarque, conta e canta a história de um casal desde a primeira troca de olhares, passando pela paixão inicial, pelo ciúme e separação, saudade e recomeço, tendo como fio condutor as músicas de Chico e citações de grandes especialistas no assunto como Carlos Drummond de Andrade, Roland Barthes, Adélia Prado, Nelson Rodrigues, Oscar Wilde e Bernard Shaw.
Com Lilian de Lima (voz), Rodrigo Mercadante (voz) e Milton Morales Filho (direção).
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Sons do coração!
Sons me convidam.
Gosto de ter musicalidade à flor da pele...acho que ela nos ajuda a enraizar os sentimentos na sua melhor forma. Cada letra, sua história contada, musicada...percebo que o meu caminho tem ritmo. Como a melodia, eu tenho tom. E posso usá-lo como ponte para me interpretar, me lembrar, despertar...para me transportar. Sei que sou como ela...e juntas somos compassadas ou aceleradas, podemos ser românticas, vivas, com paixão ou com saudade, possuímos lamentos, refletimos alguma tristeza...mas também somos construtoras de esperanças e dividimos vivências, com e sem solução. Para o que não tem saída, um novo arranjo, uma outra introdução...vamos aos recomeços.
Memória revirada, e descubro um sentido para essa identidade...vejo na minha coleção de sentimentos que eles são como os instrumentos usados na composição de cada uma das músicas da minha vida. Uns têm intensidade, sempre somos dias mais, dias menos, alguma coisa. Outros têm frequência, escolhemos ou não, repetimos caminhos, e prometemos nunca mais repetir, repetidas vezes...E quem não é intenso, ou frequente, têm timbre...é o fator surpresa, mas é a definição da criação. Nascem à medida que a necessidade exige, e em mim podem soar mais altos, ou mais baixos do que no outro. É interessante saber que o resultado desta, e de todas as outras construções está na inspiração, na boa condução, na execução.
Frases como : " Você é o que você faz!" ou " Você é o que você pensa!" são imperativamente verdadeiras, para não dizer sentenciadoras. Hora de voltar...
Lembrei que comecei meu pensamento por uma única frase de uma das músicas lindas do seu Jorge com a Ana Carolina..."Um vendedor de flores, ensinar seus filhos a escolher seus amores". Como é importante esta lição...Nem consigo dimensioná-la na escala normal de aprendizagem se ela é mais ou menos importante que saber ler e escrever...porque se eu não souber ler uma palavra, mas conseguir enxergar um coração, farei alguém no mundo mais feliz que se tivesse ouvido a melhor das palavras, fosse ela cantada, ou não.
Ensinamentos bem plantados no coração são filtros para a vida toda. Podemos ser muito comtemplados na colheita. Sim, eu sei que plantamos o que quisermos...o que soubermos...mas colhemos sempre o que disto frutificar, mesmo que seja nada. Uma colheita vazia virá de um terreno, ou de um saco de sementes inférteis. "Quando se aprende a amar...o mundo passa a ser seu...", quando não...
É deslumbrante ver quando as pessoas colhem luz. Os caminhos são contínuos e duradouros, e leves são os seus passos na busca. Lágrimas escassas denunciam que a escolha foi a correta. Escolher bem os amores, as pessoas, não as que cruzam, mas as que permanecem nas nossas vidas é básico, simples, mas é sabedoria plena. Exige coragem, recuo, começo, meio...fim. Acredito que estruturar o coração com boas lembranças, e fortalecê-lo com esperança e boa fé te dão o primeiro degrau. Ser desarmado ajuda, mas ainda é preciso sorte. Para isto, há a crença. Sempre caberá mais um apelo, amém.
Por fim, me arrepiam aqueles que são sensíveis aos sinais espalhados pelo mundo, e que assim como em um jogo de sete erros, podem confundir-nos.... ah, tantos são os nossos sentimentos, e se só sete fossem os erros... Mas novamente posso me alimentar das palavras somadas ao amor que as transforma em milagres, e seguir cantando até encontrar o tom que melhor me cair. O que vale é compor! É ser nota de coração.
Mona.
Crato, 27 de julho de 2011.
"É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Eu Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar."
"A paz do mundo começa em mim."
"Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos."
Martha Medeiros
Martha Medeiros
Quem mais, além de você, sabe tanto de você, do que você mesmo?!??!
...Pensando nisso me dei conta de como é difícil comprar a personalíssima batalha diária de superar (pre) conceitos e consciência, engolir frustrações, e à elas oportunizar a evolução, fazendo-nas ser motivos de vitórias.
Mas igualmente caro é pagar por não fazê-lo.
Em muitas prestações, pagas em anos e com anos, tento saldar os meus erros, tão somente com as moedas que a solidez do meu hoje me oferece. Ando tentando. O provável pagamento nem sempre é justo, mas sempre é possível. O interessante é não deixar saldos a pagar. A firmeza e a resolutividade de cada um possibilitarão uma negociação finita para algumas pendências. O que elas não garantem, e nada mais que eu conheça também, é a satisfação do ponto final, porque somos um produto irritável com “por quês” latentes. Interrogamo-nos a cada momento sobre as opções feitas, e suas conseqüentes variações no tempo que é medido lá dentro, nos nossos sonhos e coração. Fazer o que?! É assim desde que achei ter crescido e entendi que mesmo as certezas são variáveis. Nestas brechas de cada dia, quando o cansaço recai sobre o nosso olhar quase feliz, sugiro para mim mesma que “o amanhã chega já”, como me disse uma voz amiga, cheia de amor.
Lamento por quem desiste "com medo de tentar", mas o sentimento que antecede à paz do momento seguinte é de fato o receio e a sensação de comodidade. É preciso desejar o segundo passo, porque o primeiro deles é importante e projeta em nós a euforia de um novo horizonte, mas não nos leva caminho afora. Ter razões para viver adiante, é poético, mas ainda não basta para que destranquemos a porta, e indo até a frente da nossa casa, entendamos que o nosso caminhar começa por dentro. Sair do conforto do que me cerca neste momento é perturbador, mas sei que do romper com ele florescerá liberdade naquele amanhã de tempo duvidoso que sempre se apresenta.
Há quem ache muito. De fato, para muitos, e em tantas vezes, ficar onde estamos, doerá menos, e neste caso, o terceiro passo dependerá exclusivamente das condições com as quais contratamos a felicidade para o nosso peito. Entre todas, a mais importante é verdadeiramente desejá-la. O meu tempo é meu, e eu saberei como melhor cumpri-lo quando a atitude de SER for maior que o desejo de TER. Ainda na partilha do Padre Elias, aprendi a relação de simbiose que envolve estas duas palavras. Entre tantas coisas generosas, aprendi que SER apaziguados nos fará TER paz para oferecer....E Antes de tudo, paz. Para você e para mim.
Mona,
Crato, 11 de novembro de 2011.
Crato, 11 de novembro de 2011.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
S. Lunga tem cara de de gente feliz. Ele sorri por dentro, que eu sei!
Enquanto eu digo:
"-S. Lunga!! Gostaria de ter uma fotografia com o senhor! O senhor me permite tirá-la??"
...ele segue andando sério, mudo, até a frente da sua loja na R. Santa Luzia, quando já na calçada, e quase me fazendo desisitir, de tão envergonhada e temerosa pela sua resposta, ele resolve dizer...:
"-Pode tirar, viu?!"
Nesta hora, sorrio para a foto com a graça de ser Caririense, e ter no meu caminho histórias que me enchem o peito pra contá-las. Adoro a minha terra, e as suas histórias particulares que justificam as minhas raízes!!
Depois de agradecê-lo, mesmo sem ouvir nada em troca, sigo caminhando no meu pedaço de chão, sorridente com a minha "aventura" de hoje, pensando alegremente como Mário Quintana...
"Minha vida é uma colcha de retalhos. Todos da mesma cor."
Mona,
Juazeiro do Norte, 09/11/2011.
"-S. Lunga!! Gostaria de ter uma fotografia com o senhor! O senhor me permite tirá-la??"
...ele segue andando sério, mudo, até a frente da sua loja na R. Santa Luzia, quando já na calçada, e quase me fazendo desisitir, de tão envergonhada e temerosa pela sua resposta, ele resolve dizer...:
"-Pode tirar, viu?!"
Nesta hora, sorrio para a foto com a graça de ser Caririense, e ter no meu caminho histórias que me enchem o peito pra contá-las. Adoro a minha terra, e as suas histórias particulares que justificam as minhas raízes!!
Depois de agradecê-lo, mesmo sem ouvir nada em troca, sigo caminhando no meu pedaço de chão, sorridente com a minha "aventura" de hoje, pensando alegremente como Mário Quintana...
"Minha vida é uma colcha de retalhos. Todos da mesma cor."
Mona,
Juazeiro do Norte, 09/11/2011.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Merece registro e muito carinho!!!
Hoje tinha o Luciano Huck no Cratinho...em situações assim temos uma frase maaaaaaaaravilhosa que diz:
" - Só no Crato, mesmo!!" srsrsrsrrs
Tive vontade de parar e dizer-lhe: "- Cara, vc é o máximo!! Eu adoro o seu trabalho! É uma honra que esteja aqui na nossa cidade com o Lata Velha dando vida nova à kombi dos Cordéis, do Sr. Higino!"
...E embora não o tenha feito, segui viagem pro Juazeiro do meu coração um pouco mais feliz!
Mona,
Crato, 08 de novembro de 2011.
" - Só no Crato, mesmo!!" srsrsrsrrs
Tive vontade de parar e dizer-lhe: "- Cara, vc é o máximo!! Eu adoro o seu trabalho! É uma honra que esteja aqui na nossa cidade com o Lata Velha dando vida nova à kombi dos Cordéis, do Sr. Higino!"
...E embora não o tenha feito, segui viagem pro Juazeiro do meu coração um pouco mais feliz!
Mona,
Crato, 08 de novembro de 2011.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
“Sempre conservei uma aspa à esquerda e à direita de mim” ... E hoje seriam 110 anos de Cecília Meireles.
Eu sou essa pessoa a quem o vento chama,
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus, sem tentação de volta.
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus, sem tentação de volta.
Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza.
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
já de horizontes libertada, mas sozinha.
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
já de horizontes libertada, mas sozinha.
Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,
dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.
dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.
Pelos mundos do vento, em meus cílios guardadas
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:
“Agora és livre, se ainda recordas.”
MEIRELES, Cecília. Solombra. In: MEIRELES, Cecília. Poesia Completa. Edição do centenário. Vol.II. Organização de Antonio Carlos Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p.1273,4.
Uma 'Maria" feita de sabedoria e coragem!
Hoje é aniversário de Marie Curie, cientista polonesa ganhadora do Nobel de Física em 1903 e do Nobel de Química em 1911 por suas descobertas no campo da radiotividade.
Uma mulher incrível que derrubou barreiras na ciência e marcou a nossa história!
Para ela, a admiração secular de nós todas que vivemos no depois.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Assim caminha a humanidade...
“Ainda vai levar um tempo..., pra fechar o que feriu por dentro
Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim...
Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada...
Assim caminha a humanidade, com passos de formiga, e sem vontade...”
Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim...
Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada...
Assim caminha a humanidade, com passos de formiga, e sem vontade...”
...Assim caminha a humanidade! Somos mais de sete bilhões de moradores nesta terra de meu Deus, e não sabemos sentir como andam os corações nem da maior parte das pessoas que nos rodeiam, apenas. Conhecer o mundo inteiro é tarefa impossível, eu sei. Não há como saber sobre um mar infinito de pessoas e de suas emoções mutantes, nem tão somente pela impossibilidade geográfica, como pelas diferenças sócio-culturais e políticas mundiais, mas principalmente pela indiferença com que estamos caminhando rumo ao quase nada que muitas vezes são os nossos caminhos apressados.
Semana passada, envolvi-me em um acidente de carro. Coisa leve. O pouco que houve, aparentemente, foi um torcicolo, e o aborrecimento de ficar sem o carro por alguns dias. Seria tão pouco, não fossem os bastidores de um acontecimento cotidiano no trânsito caótico das mini ou máxi cidades, tanto faz. Em um segundo olhar, percebemos de grave, a indiferença humana, a falta de cuidado com o próximo, os olhares que não te alcançam, porque não te enxergam, vêem apenas. E não o fazem como a um semelhante, ou como uma oportunidade para exercer o milagre do dia, mas como um empecilho, um entrave...”a pedra do caminho”.
Ainda me recuperava do susto, e ecoava em mim o barulho forte do encontro desencontrado dos carros, quando pude ouvir algumas pessoas buzinando para que eu desinterditasse o caminho (o carro que colidiu com o meu precisou sair, havia uma criança ferida, que está ótima, graças a Deus), pois muitos queriam passar. Estes iam apressados aos lugares de sempre, e entre esquinas não cruzadas, ou pelos caminhos sem flores que percorrem, nem me viram! Na concretude dos seus passos iguais, não puderam ver alguém que chorava o medo, ou a solidão de alguns poucos ferimentos em um corpo com um espírito assustado, e embora fosse um momento transitório, é bem verdade, foi intenso como só os que passam por impacto igual, sabem entender.
Em segundos, senti pavor de mim, da minha condição de ser igualmente humana, ao imaginar que um dia posso ter feito alguém ser invisível desta forma. Como se não bastasse senti culpa por estar ali “atravancando o ‘teu’ caminho”, e desejei ser mágica, para que me dissessem com carinho “ela passará, e eu passarinho...”. Ninguém parou, desceu do seu carro ou atravessou a rua e me perguntou sobre o meu soluço, minha pausa, minha demora em seguir, meu eu, eu. Sem truques, e sem platéia, segui pensando o que eu não queria ser, para não ter na minha cartola. O desamor veio em primeiro lugar.
Desta forma, entendi que magia mesmo só haverá naqueles que podem entender uma pausa. Pausa que leve o tempo necessário para estender uma mão quando alguém cai, para sorrir de riso inteiro ao outro que chora por algum motivo comum, mesmo que nós nem o conheçamos, ou para ouvir uma pessoa que sente razões para lamentar a luz que o invade. Deve haver tempo para “fazermos acordos com o destino”, fazendo-nos entender que não há pressa que justifique a ausência na vida do próximo, salientando que abrir mão desta celeridade nos fará mais atentos e mais prestativos, para não dizer mais unidos, amigos, mansos, mais divinos, semelhantes ao bem que devemos ser.
Imagino que se o cuidado fosse a primeira marcha do dia, não chegaríamos à quinta delas em poucos segundos de estrada, porque haveria em nós o desejo de permanecermos sintonizados uns aos outros, como reconhecimento de que este é o mecanismo de injeção de ânimo mais eficaz ao funcionamento das nossas próprias vidas, e do conjunto delas.
Não costumo dramatizar as minhas vivências. Acho que não devemos egoísticamente vitimizarmo-nos enquanto podemos escolher a liberdade de seguir adiante levando conosco as lições que nos proporcionam os acontecimentos. Sou do tipo que assumidamente joga o jogo do contente, e sempre tenta ver o lado bom de tudo. Sem falso positivismo ou ironia, tento exercitar a compensação, como forma de livrar-me de todo amargor que alguma coisa ou alguém, possam me causar, insistindo para que o meu coração em trânsito seja cada vez mais divino, em vez de humano, no sentido generoso da ação, embora eu tente mais do que consiga.
E pelas tentativas, no universo de exercícios que me cabe, penso no mundo atemporal dos bons propósitos e motivos que é alicerçado na família e nos muitos bons amigos que nos ajudam a enraízarmo-nos nesta terra, ou ainda que é justificado nos desconhecidos que surpreendem, e como anjos, que aparecem em forma de pessoas, têm atitudes que nos relembram generosamente como devemos agir em prol da humanidade que somos todos nós. Lembrando destes tantos bons encontros que fazemos na vida, partilho a esperança que carrego comigo com todos os que entendem que ver é diferente de enxergar, mas principalmente com os que não o conseguem, como forma de evitar que nos habituemos a tudo, ou que fiquemos alheios ao melhor dom que recebemos: o amor ao próximo.
”Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade”, disse Chaplin outro dia, fazendo parecer minúscula à distância de setenta anos que separa o seu dito, do nosso não feito.
Mona.
Crato, 28 de outubro de 2011.
...Happiness, only!
Foram mais de 700 comentários e a equipe do Mundo Le Lis adorou todas as respostas postadas por vocês. O desafio de escolher apenas uma vencedora foi árduo, mas já temos a grande ganhadora!
Monalissa Esmeraldo, com a resposta:
“A mulher moderna de hoje é a mulher simples, que carrega a felicidade dentro de si, e a revela em sorrisos enquanto resolve os seus problemas comuns do dia a dia. É a mulher que concilia as pessoas da sua vida, com os direitos e deveres que todos temos e faz desta soma uma solução colorida de esperança e alegria.”
Muito obrigada a todos que participaram do Concurso #4.
A pergunta do Concurso Cultural #4 era: "Além do guarda roupa Le Lis e de um tablet, o que mais compõe o estilo da mulher moderna?". Compreendendo a palavra "...estilo" de uma forma muito mais ampla, nossa Equipe julgou que o comentário de Monalissa Figueiredo foi o mais criativo e que mais combinou com o universo da marca Le Lis Blanc.
O Concurso #4 – Revista Le Lis para iPad® foi encerrado no dia 31 de outubro de 2011 às 23:59h.
Monalissa Esmeraldo, com a resposta:
“A mulher moderna de hoje é a mulher simples, que carrega a felicidade dentro de si, e a revela em sorrisos enquanto resolve os seus problemas comuns do dia a dia. É a mulher que concilia as pessoas da sua vida, com os direitos e deveres que todos temos e faz desta soma uma solução colorida de esperança e alegria.”
Muito obrigada a todos que participaram do Concurso #4.
A pergunta do Concurso Cultural #4 era: "Além do guarda roupa Le Lis e de um tablet, o que mais compõe o estilo da mulher moderna?". Compreendendo a palavra "...estilo" de uma forma muito mais ampla, nossa Equipe julgou que o comentário de Monalissa Figueiredo foi o mais criativo e que mais combinou com o universo da marca Le Lis Blanc.
O Concurso #4 – Revista Le Lis para iPad® foi encerrado no dia 31 de outubro de 2011 às 23:59h.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Presença garantida.
"...Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar."
Carlos Drummond de Andrade encantará o mundo sempre com sensibilidade e singularidade. Hoje seriam 109 anos do seu nascimento, (e em 17 de agosto foram 24 da sua morte), por isso registro o meu amor por ele, pelas suas palavras e pelo seu olhar de singelo cuidado com a humanidade e os seus sentimentos.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Para ter inteireza, mistura daqui, mistura dali.
Quando alguma tristeza me bate, ou "...Alguma coisa acontece no meu coração...", eu gosto de ir para a cozinha, colocar uma linda música ( hj foi The ballad of Mona Lisa - presente do meu filho), e fazer um bolo. A receita foi bolo "Maria Olga" (minha avó-quituteira-paterna), diretamente do caderninho especial dela, que foi amorosamente herdado pela minha prima, Maria fernanda. Entendem a razão de ele ter ficado tão perfeito? Além da terapia, a boa energia. Já tenho os meus dois pés no chão! =))
Como felicidade partilhada, é alegria em dobro, aqui está a receitinha do bolo, para que vocês perpetuem o "Maria Olga" pelos seus lares e pelo mundo afora, sempre como ela própria fora: sabor e amor!!
Ingredientes:
3 xíc de açúcar2 xíc de manteiga
4 xíc de F. Trigo
4 Ovos
1 Col (s) fermento
1 copo ( americano) e meio de leite
1 xíc de Chocolate do frade
Modo de fazer:
Bata até esbranquiçar a manteiga e o açúcar. Depois vá adicionando ovo por ovo (inteiro), batendo bem na maior velocidade da batedeira até formar um creme bem homogêneo. Em seguida, sempre batendo, alterne a farinha de trigo e o leite, até levar toda a quantidade separada. Por último coloque o fermento.
Acenda o forno no máximo.
Separe uma parte (pouco menos da metade)da massa, e adicione o chocolate. Reserve.
Unte uma forma grande, e vá alternando a massa branca com a achocolatada, até concluir! Asse por 50 min., +- 1h.
Feche os olhos, sinta o cheiro pela sua casa, convide um amigo querido, e permita-se ser feliz com uma xícara de café quente!!!!
Beijos,
Mona.
Crato, 15 de outubro de 2011.
Vamos ser "lagos"?
"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d‘água e bebesse.
"- Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.
"- Ruim!" disse o aprendiz.
... O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
"- Beba um pouco dessa água".
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
"- Qual é o gosto?"
"- Bom!" disse o rapaz.
"- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?
"- Não" disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
"- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago."
É bom lembrar que sempre haverá para onde olhar, o que aprender, o que levar de cada vivência. Há algo de positivo em tudo. O importante é que a dor vivida inspire crescimento,consciência e reconhecimento pelo divino que há em cada limite ultrapassado. Como diz o querido Padre Airton...:
"Deus está no horizonte da minha esperança."
(Por curiosidade, o lago mais comprido do mundo é o Lago Tanganyika, na África. Ele possui 660 km de extensão e é também o segundo mais profundo do planeta, atingindo, em alguns pontos, 1.433 metros de profundidade.)
"- Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.
"- Ruim!" disse o aprendiz.
... O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
"- Beba um pouco dessa água".
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
"- Qual é o gosto?"
"- Bom!" disse o rapaz.
"- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?
"- Não" disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
"- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago."
É bom lembrar que sempre haverá para onde olhar, o que aprender, o que levar de cada vivência. Há algo de positivo em tudo. O importante é que a dor vivida inspire crescimento,consciência e reconhecimento pelo divino que há em cada limite ultrapassado. Como diz o querido Padre Airton...:
"Deus está no horizonte da minha esperança."
(Por curiosidade, o lago mais comprido do mundo é o Lago Tanganyika, na África. Ele possui 660 km de extensão e é também o segundo mais profundo do planeta, atingindo, em alguns pontos, 1.433 metros de profundidade.)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Verdade?
"Minha laranjeira verde, por que estás tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada...
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço,
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo..."
(Renato R.)
...Entre o Caos diário vivido com sorrisos ingênuos, e o caos sem os mesmos... Sigo acreditando que com eles é mais fácil organizar-me dentro da forma que sou eu.
Nietzsche nos manda encarar a verdade nua e feia, “no próprio peito, no intuir, sentir e produzir". "Não podemos decidir se aquilo a que chamamos verdade é verdadeiramente verdade, ou se tão-só assim nos parece." Por vezes, leio-no para equilibrar a balança entre pensar e sentir, na tentativa vã de ser mais racional.
Concordo com ele que ela é nua, porque revela-se...mas sinto que ela quase nunca permanece feia. Gosto de pensar que não podemos generalizar as nossas verdades. Isso seria muito egoísta. Penso ser a verdade mutante, e não há mal em adequá-la ao modo como nos habita em cada dia. É generoso entender as verdades alheias, por mais que nos pareçam ilusórias. Por muitas vezes entender é não contestar, é caminhar do ladinho, para amparar quem descobrir-se em outro passo.
Para descobrirmos quem somos, ao longo de uma vida inteira, é preciso tê-las como norte. Saber das minhas verdades me direcionam para onde devo seguir, e mesmo que eu não sorria sempre, já sei que não podemos, e nem devemos alterá-las, mas podemos vivê-las com leveza, aceitando a permissão que temos de ajustarmo-nos aos fatos das nossas vidas com harmonia, e permitindo aos outros que assim também o façam.
Mona.
Crato, 13 de setembro de 2011.
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada...
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço,
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo..."
(Renato R.)
...Entre o Caos diário vivido com sorrisos ingênuos, e o caos sem os mesmos... Sigo acreditando que com eles é mais fácil organizar-me dentro da forma que sou eu.
Nietzsche nos manda encarar a verdade nua e feia, “no próprio peito, no intuir, sentir e produzir". "Não podemos decidir se aquilo a que chamamos verdade é verdadeiramente verdade, ou se tão-só assim nos parece." Por vezes, leio-no para equilibrar a balança entre pensar e sentir, na tentativa vã de ser mais racional.
Concordo com ele que ela é nua, porque revela-se...mas sinto que ela quase nunca permanece feia. Gosto de pensar que não podemos generalizar as nossas verdades. Isso seria muito egoísta. Penso ser a verdade mutante, e não há mal em adequá-la ao modo como nos habita em cada dia. É generoso entender as verdades alheias, por mais que nos pareçam ilusórias. Por muitas vezes entender é não contestar, é caminhar do ladinho, para amparar quem descobrir-se em outro passo.
Para descobrirmos quem somos, ao longo de uma vida inteira, é preciso tê-las como norte. Saber das minhas verdades me direcionam para onde devo seguir, e mesmo que eu não sorria sempre, já sei que não podemos, e nem devemos alterá-las, mas podemos vivê-las com leveza, aceitando a permissão que temos de ajustarmo-nos aos fatos das nossas vidas com harmonia, e permitindo aos outros que assim também o façam.
Mona.
Crato, 13 de setembro de 2011.
É possível sonhar.
Eu já vi esse vídeo algumas dezenas de vezes.
Não houve uma única vez em que eu não tenha chorado.
Percebo nele uma tradução de felicidade simples, que me emociona. Há escolhas, destino, companhia, alegria, pessoas, pessoas, mais pessoas,...e continuidade. Percebem-se ainda os frutos felizes de quem conseguiu construir um destino acertado, com sincronicidade entre o que fazer e desejar para a sua vida.
Sei... Posso ser questionada sobre como saberemos o que deve ou não acontecer, e eu não saberei responder. Aliás, não sei nem mesmo me responder porque acho que é assim.
O que sei é que quando conseguimos acertar nas escolhas, a vida flui mais mansa. Percebi isso de vez em quando, nas tréguas que já me dei.
A exemplo do casal pleno do vídeo, gostaria de ter tido "a sorte de um amor tranqüilo" desde a adolescência... e aí talvez devesse ter ouvido mais Cazuza em vez de Legião...srsrsr Mas, eu também ouvi Chico, e isso me deu sementes de esperança que brotam continuamente, e me sugerem que o amor sempre é feito de recomeços. Vejo que até mesmo aqueles que são sentidos pelos mesmos pares ao longo das suas vidas, remontam-se, refazem-se, renovam-se a cada dia, após o renascimento singular das pessoas que formam o casal. Seria uma tarefa sísifa, não fosse a mesma tão prazerosa e libertadora. Ao contrário do mito, aqui empurramos as dificuldades montanhas acima, e muitas vezes as vimos rolar como dores adentro, mas ironicamente, este reerguer-se terá pesos mais leves que na subida original. A superação dos motivos, mesmo os que tornam-se cicatrizes, nos deixa mais aptos a reconhecer o valor dos propósitos, do crescimento, das certezas de uma vida solitária ou de uma companhia inteira. Vencido o início, somos melhores pessoas, e conseqüentemente seremos melhores companheiros, desejando exercer nossos direitos e deveres pró-felicidade de forma continuada, confortavelmente rotineira, com a diferença de evitar a repetição enfadonha, propondo-nos a fazê-lo sem mecanicidade, afinal é preciso envolver-nos na redobrada vontade que nos aflora a todo instante e nos restaura o sonho, nos aliviando da culpa de termos escolhido um destino pra chamar de nosso.
O que escolhemos pode pesar em muitos momentos. É natural que as decisões sejam revistas, e que a cada dia nos perguntemos se este é mesmo o caminho correto... Para reconhecer a estrada, lançar mão de tesouros à beira dela, viver o arrependimento de não ter subido todos os degraus com paciência, consciência e firmeza, "guardar as pedras do caminho", ser a medida exata entre o tempo e o conhecimento, "plantar pedras e colher flores", para servir aos sonhos e executar os desejos enquanto mexemos nas folhas do calendário da cozinha, é preciso força. Acredito que esta força é alimentada pela vontade, pelo querer de cada um. Vontade de acertar, mesmo que isso não garanta êxito, mas porque é sabido que isso assegura uma possibilidade. E felizmente, uma possibilidade é tudo o que somos. Além de desobrigar-nos do tempo, e dos limites que ele sugere, não é necessário saber mais do que isto para recomeçar.
Mona,
Crato, 11 de outubro de 2011.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Tempo, tempo, tempo, tempo...
Alice: "-Quanto tempo dura o eterno?"
Coelho: "-As vezes, apenas um segundo..."
(Alice no País das Maravilhas) - Lewis Carroll
"...E nada como o tempo, como um contratempo, pro meu coração..."
É fácil perceber que o coelho, dono de um relógio sempre apressado, já sabe que não há como medir, nem limitar o tempo. Pouco mais para uns ou pouco menos para a maioria, são sempre pequenos segundos de certezas, de felicidade, de sonhos, de passos, de avanço ou de recuo, que nos posicionam no calendário particular que cada um carrega na alma. O tempo que me esgota hoje pode ser o necessário para que você renasça, e é interessante reconhecer na trajetória alheia às lições que ela generosamente oferece a quem para um pouco a fim de percebê-las.
Quanta riqueza há nos passos à minha frente!
Aprendamos, sobretudo, que não dominamos quase nada, de tudo que pensamos poder, que é possível planejar e não cumprir, que é necessário revestir-nos de coragem para ficarmos presos no medo, porque o caminho do novo é desconhecido, e que ainda é comum manter-nos reféns dos nossos próprios sonhos e limitações. É tão fácil, que passa a ser motivo.
Desejar algo pode ser perigoso, caso o façamos sem maturidade pra recebermos o que pedimos. Vontade é algo que não permanece. Não enraíza, porque é preciso que se mova. Para que nos movimente, é assim que deve ser a sua forma de existir.
Dia desses li algo que sugeria "cuidado com o que pedimos" e me espantei com o fato de que muitas vezes pedimos a Deus algo que nem queremos, ou que não sabemos se ainda queremos, pelo simples fato de que um dia já foi o nosso querer. Como é difícil desapegar-nos dos conceitos e parâmetros.
No tempo de agora, em poucos segundos, me dei conta de que não sabemos ao certo o que haverá nos próximos iguais pedaços de vida. Como a Alice, creio que devemos querer somente que a eternidade do nosso destino se faça no nosso coração. E que apesar de, ele permaneça manso, rico de vontades, sempre crente em um amanhã que seja breve, e possível. Acreditemos que qualquer pouco, pode ser o tempo bastante.
Mona,
23 de setembro de 2011
Lapidando.
http://www.youtube.com/watch?v=7RkWs6P2IwE
...Aprendi com o meu pai muito sobre música. Recebi dele um presente extremamente valoroso: um ouvido sensível aos sons do mundo. Música é alegria que desenha no coração, poesia que dá forma aos pensamentos, é a dança de lembranças que preenchem o que é vazio e te tira da solidão.
Lembro de quando aos 13 anos ele me chamou para ouvirmos juntos Santana e Eric Clapton tocarem "While my guitar gently wheeps". Nunca mais esqueci desta música. É uma das minhas preferidas até hoje... É linda, e me faz bailar em território sagrado. Seus inúmeros CDs não me deixam mentir, seus ouvidos e memória inconfundíveis também não...Caso listasse todas as músicas que me fazem lembrá-lo, teríamos mais trilhas sonoras que anos de vida...srsrsr
Outra vez, em um ontem comum, novamente partilhamos um momento generoso desta vez ao som do Rod Stewart e Amy Belle...sons e momentos igualmente ricos e importantes, moldaram esta cena que ao contrário da letra musicada, (... I dont want to talk about it, how you broke my heart...) tem uma mensagem feliz!
Insisto em não levar um coração quebrado pelo caminho... não acho que tristeza seja semente para ser cultivada por mais de 24 horas..., devemos vivê-la, mas não incorporá-la. A felicidade precisa de espaço, e se você não esvaziar-se, como terá sorrisos no estoque? Gosto de prateleiras fartas, sobretudo se te oferecem coragem e sabedoria, este último cada vez mais em falta em corações românticos como o meu. Junto com melodias, tinha sentimento naquele paterno divã caseiro. Trocamos esperanças e crenças, que formariam meus ideais e minhas projeções de futuro e finais felizes. E assim como nós, pai e filha, a felicidade tinha par...era a alegria, que trazia em si a certeza de luz para o dia, e a opção de acender o coração, caso a noite fosse escura, ou longa demais.. .
Lembrei do Padre Airton, afirmando que: “...quando a o dia já vai tarde, a noite declina.” Deus nos permite entender que há tempo para tudo...e o que é generoso, é que isso nos mantém motivados a viver o dia seguinte com a mesma fé e disposição. É preciso respeitar os ciclos. Não acho isso difícil. Eu que cresci apostando em jardins floridos, sim, ainda imagino “flores nos vestidos e nos destinos”, vejo claramente que sempre haverá escolha entre o começo de um, e o final de outro de tantos que formam as nossas vidas.
Incorporado este universo, penso na minha reconstrução e consequente superação, como um abraço, que está pronto para receber o horizonte que me espera. Adoro seguir em frente, apostando nessa direção, acreditando no invisível que é a esperança de ser feliz!
Um abraço apertado em todos que me envolvem nesta certeza.
Mona
27 de julho de 2011.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
(Re)Começar, de novo, sim...
Bom texto.
Sugere que sonhos são eternos, mudam sempre de objeto e direção, e felizmente continuamos a sonhar.
O fato é que isso nos impulsiona e nos faz levantar todas as manhãs. Afinal, se temos um novo dia, leia-se uma nova chance, de fazermo-nos, e a outrem, melhores e mais felizes, e ainda, se temos consciência disso, seria estúpido não sorrir quando percebemos que surgiram os primeiros raios de sol... porque ali está a luz das nossas idéias e escolhas, e um novo tempo, que foi feito para continuar..., e que nos mostra que nós também devemos seguir. Podemos caminhar juntos, porque somos feitos para avançar, somos interligados às lições do mundo, sensíveis e seguros para perceber que quem para no tempo, como diz outro poeta, "quase vive".
E isso é tão pouco.
É muito nada para quem pode tanto.
A autora fala dos sonhos não realizados... ela me instiga! São motivadores os seus pensamentos. Discordo somente quando ela diz que é doloroso lembrar de velhos sonhos e não reconhecê-los, fazendo menção àqueles que não concretizaram-se, como se fossem uma frustração, algozes dos meus sorrisos. Eu prefiro vê-los com outra cor. Acredito que na sua existência, de alguma forma, eles já consumaram o seu papel, nem que tenha sido somente para nos servir de trampolim para algo "mais a nossa cara", com ajustes e características próprias do que deve vir adiante.
Não queremos mesmo ser fiéis a um só propósito por toda a vida. Devemos ter vários, sempre melhores e mais fortes, porque é assim que nós somos, crescentes.
Beijos de bom final de semana.
Mona
Crato, 05 de junho de 2006.
Começar de novo. Mas de novo?Sugere que sonhos são eternos, mudam sempre de objeto e direção, e felizmente continuamos a sonhar.
O fato é que isso nos impulsiona e nos faz levantar todas as manhãs. Afinal, se temos um novo dia, leia-se uma nova chance, de fazermo-nos, e a outrem, melhores e mais felizes, e ainda, se temos consciência disso, seria estúpido não sorrir quando percebemos que surgiram os primeiros raios de sol... porque ali está a luz das nossas idéias e escolhas, e um novo tempo, que foi feito para continuar..., e que nos mostra que nós também devemos seguir. Podemos caminhar juntos, porque somos feitos para avançar, somos interligados às lições do mundo, sensíveis e seguros para perceber que quem para no tempo, como diz outro poeta, "quase vive".
E isso é tão pouco.
É muito nada para quem pode tanto.
A autora fala dos sonhos não realizados... ela me instiga! São motivadores os seus pensamentos. Discordo somente quando ela diz que é doloroso lembrar de velhos sonhos e não reconhecê-los, fazendo menção àqueles que não concretizaram-se, como se fossem uma frustração, algozes dos meus sorrisos. Eu prefiro vê-los com outra cor. Acredito que na sua existência, de alguma forma, eles já consumaram o seu papel, nem que tenha sido somente para nos servir de trampolim para algo "mais a nossa cara", com ajustes e características próprias do que deve vir adiante.
Não queremos mesmo ser fiéis a um só propósito por toda a vida. Devemos ter vários, sempre melhores e mais fortes, porque é assim que nós somos, crescentes.
Beijos de bom final de semana.
Mona
Crato, 05 de junho de 2006.
[07 Janeiro 15h50min 2006]Vivendo e aprendendo; aprendendo que o tempo passa e não se aprende quase nada.
Você, que faz tudo para não errar, continua cometendo erros, sofrendo e fazendo outros sofrerem. Como seria bom acertar sempre, como seria boa a vida se isso fosse possível, e mesmo em coisas absolutamente banais - aliás, banais não: importantíssimas.
Não existe ninguém fiel a uma só fase a vida inteira. Em algumas delas, tudo que se quer é comer na frente da televisão, com uma bandeja no colo e, se possível, no quarto. Em outras, sem uma sala de jantar não se vive, e com todas as suas implicações, isto é: vários tipos de louça, copos combinando, montanhas de guardanapos, toalhas, jogos americanos e por aí vai. Você vai acumulando coisas, passa o tempo entrando em antiquários procurando porta-retratos, vasinhos e sobretudo objetos insólitos que não servem para absolutamente nada - e quanto mais inúteis, melhor.
Aí um dia acorda pensando no absurdo que é ter tanta coisa guardada, enchendo os armários e acumulando poeira. Compra umas revistas de decoração e fica apaixonada por umas casas japonesas, quase sem nenhum móvel, nenhum objeto, nem mesmo um cinzeiro - claro, os donos dessas casas não fumam -, um vaso com um copo de leite, só um, e tudo, do piso à vassoura, meio branco, meio cru; a ausência de cores é de tal ordem que se o dono da casa for assassinado seu sangue deve ser bege, para não chocar com a decoração.
O primeiro impulso é mudar tudo, claro, mas para isso vai ser preciso se desfazer de todas as quinquilharias que foi acumulando pela vida.
O primeiro dos absurdos é sumir com a colcha marroquina toda salpicada de paetês que comprou naquele dia - aquele, lembra? - em que pensou em largar tudo e começar vida nova numa pequena cidade perto do deserto, enrolada em panos, tomando chá de menta e comendo tâmaras. É doloroso lembrar de nossos velhos sonhos; e todos os muranos que trouxe de Veneza, naquele ano em que decidiu se instalar num apartamento pequeno dentro de um palazzo - claro - dando para um pequeno canal, na cidade mais bonita do mundo?
Ah, passar o inverno numa Veneza sem um só turista, se cobrir de peles - lá pode - para ouvir concertos nas igrejas, passar o ano novo bem longe do calor, da praia, dos fogos, da animação - esse foi um dos sonhos que você não realizou, lembra?
De cinzeiro em cinzeiro, de objeto em objeto, sua vida vai passando como se fosse um filme. Mas virar clean é jogar fora o passado, que mesmo não tendo sido exatamente o que você queria, é o único que tem. E o que é uma pessoa sem passado?
Não, vai continuar tudo igual. Mas ainda dá tempo de realizar alguns dos antigos sonhos; de vez em quando volta a vontade de mudar tudo, começar tudo de novo, sem memória, em um país onde falam uma língua que não se entende e onde não se conhece ninguém.
Mas não é preciso radicalizar: no lugar de se mudar para o Marrocos definitivamente, você pode ir para lá comer tâmaras por uns seis meses; e pensando bem, passar janeiro inteirinho em Veneza já seria a glória.
Você descobre que, se quiser mesmo, pode fazer tudo com que um dia sonhou.
Que dá, dá; mas será que você ainda quer? E será que tem coragem?
Danuza Leão
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Abri a porta...
PASSAGENS significam novas portas abertas, que embora sugiram avanço e mudança, muitas vezes se escancaram contra a nossa vontade e compreensão. Podemos ainda dizer que elas são desmembramento de raízes, que em busca de um novo norte para fincar-se, nos fazem perder a falsa sensação de estabilidade e geram no nosso peito, a obrigação de (re)fazermos escolhas. Passar de uma fase à seguinte, de uma situação a uma outra, é transição que nos "sacode" com pensamentos e atitudes novas, exigem entrega e decisão, sem nem mesmo oferecer-nos garantia de satisfação imediata. Caso fosse ilustrá-las, o faria com um medo genuinamente infantil, afirmando que “o caminho é longo, e às vezes é deserto”, mas logo após fazermos a travessia, é possível enxergarmos o estado de “contente” que se segue à ilustração infantil, sempre preenchida por esperança...
Magicamente, reconhecemos "a beleza das folhas caídas", como nos sugere o pe. Fábio, no seu texto sobre passagens. Anteceder as emoções às estações é entender como um marinheiro enxerga e vivencia o além-mar, ou como um monge estuda para ver além de si mesmo, e do universo que nos cerca. Transitar entre as fases da vida talvez seja o exercício mais voraz da alma, já que devemos livrar-nos das posses e dos desejos que pensamos ser "nós". Deixar-nos, ou a alguém, pelo caminho, parecerá sempre uma perda, mas não deve, quando não o for, significar um fracasso. Melhor ver como uma troca, como um passo que traduz em si renovação e crescimento, ou ainda, como um despertar para o que será, que será?!
E neste passo, me alegro de sentir a energia que invade a vida quando despertamos de momentos difíceis. As mudanças que acontecem por dentro são tão fortes, que refletem em nossos corações muita paz, luz, e redenção.
Enxergar após a ponte é fazer da felicidade conseqüência!
Mona.
Magicamente, reconhecemos "a beleza das folhas caídas", como nos sugere o pe. Fábio, no seu texto sobre passagens. Anteceder as emoções às estações é entender como um marinheiro enxerga e vivencia o além-mar, ou como um monge estuda para ver além de si mesmo, e do universo que nos cerca. Transitar entre as fases da vida talvez seja o exercício mais voraz da alma, já que devemos livrar-nos das posses e dos desejos que pensamos ser "nós". Deixar-nos, ou a alguém, pelo caminho, parecerá sempre uma perda, mas não deve, quando não o for, significar um fracasso. Melhor ver como uma troca, como um passo que traduz em si renovação e crescimento, ou ainda, como um despertar para o que será, que será?!
E neste passo, me alegro de sentir a energia que invade a vida quando despertamos de momentos difíceis. As mudanças que acontecem por dentro são tão fortes, que refletem em nossos corações muita paz, luz, e redenção.
Enxergar após a ponte é fazer da felicidade conseqüência!
Mona.
Crato, 13 de setembro de 2011.
PASSAGENS
A vida é passagem. Barcos que se vão, vidas que se separam e se despendem. Lenços acenando, anunciando que a saudade permanecerá.
As folhas que caem são uma forma de saudação silenciosa que aponta para uma nova estação que se prepara para chegar. Outono é passagem. É estação de preparação. E nisto está sua beleza. Consiste em ser o tempo que precisamos para perceber que já não é mais verão, e que o inverno ainda não chegou.
É a estação que nos ajuda na travessia sem traumas, sem mudanças bruscas. Tempo que nos prepara para o frio que nos envolverá.
Provando as estações
Semelhantes às estações do tempo são as estações da vida. O seu coração sabe disso. Já provou diferentes formas de sorver a experiência de viver. Primaveras, com suas cores, amores, e encantos que são próprios desse tempo de frutos tão iluminados. Verões, com suas luzes, exterioridades, calores e noites mais curtas. Invernos, com suas restrições, belezas veladas que exigem observância maior, e um forte poder de nos levar para dentro de nós mesmos. Outonos, frutos e sabores de uma época que nos ajudam passar...
Você vive passando. Passa por muitos lugares, por muitas pessoas e por muitas questões. E passar é perder. É ganhar perdendo, porque não há perdas sem ganhos. É neste momento que o outono se concretiza em nós. No momento em que percebemos que o processo das perdas tornou-se inevitável. Tempo em que as folhas se despedem da segurança dos troncos, e caem, para que a vida continue em frente.
Eu sei que não é fácil viver essa estação. Apesar dos seus múltiplos encantos, ela não parece combinar com sua pouca idade. Você vive a ansiedade dos ganhos, e definitivamente ainda não quer ouvir falar em perder. Mas a maturidade não vem ao coração humano se não for por meio das perdas. Porque viver é perder. É deixar de ser o que se era para se tornar uma nova pessoa a cada segundo vivido. Perdas físicas, afetivas e intelectuais. Deixo de ser criança, de ser tratado como criança e de receber a atenção dobrada que até então podia receber sem implorar. O outono chegou. É tempo de passar, de assumir o novo, colher os frutos que a antiga estação legou-nos e semear os novos que cultivaremos.
É tempo de pensar com mais seriedade, de fazer escolhas, investir nelas, renunciar situações, e deixar que se desprendam dos ombros os excessos que insistem em nos pesar.
A vida e suas tristezas belas
Tenho encontrado muitas pessoas que se tornaram infelizes porque não deixaram a vida passar, nem deixaram as folhas caírem. Viveram e assumiram a tentação de se fixarem nos acontecimentos. Assim, impediram que as estações trouxessem as belezas de suas diferenças. Ficaram tentadas a estender a primavera por mais tempo. Outras o inverno. Há quem se fixa na alegria, e outras na dor. É justamente nesse momento que o outono perde o seu poder de transição. Rejeitar a passagem é privar-se da renovação das folhas, que num futuro muito próximo, nos presenteará com novos frutos.
Eu não sei como anda o seu coração, mas tenho uma ligeira intuição de que você também teme as passagens, e que de alguma forma está insistindo em fixar experiências que foram feitas para passar. Não tema a passagem, nem as perdas que dela nascem. Só poderá provar o encanto da novidade quem se entregar aos braços do outono. E então você se surpreenderá com o crescimento que o desprendimento trará ao seu coração.
É muito tentador querer que a vida seja sempre marcada pela alegria. Mas sabemos que não é assim. A sabedoria consiste em acolhê-la como ela nos vem. Outro dia escutei um rapaz me confessar uma dor muito profunda. Depois de ouvi-lo perguntei: "Onde está a beleza de tudo isso que lhe faz sofrer?" Olhou-me assustado e disse: "É possível haver beleza aqui?".
Foi então que lhe falei dos segredos do outono. Mostrei-lhe o quanto é belo o processo do sofrer, ainda que doído. Evidenciei o quanto as perdas despertam-nos a criatividade e dei-lhe exemplos de homens e mulheres que só se tornaram grandes na vida porque um dia souberam sofrer de maneira redentora.
Ao final, ele me sorriu e disse: "Ok, padre, vou observar melhor a beleza das folhas caídas".
Ainda que numa fração de segundos, experimentamos a beleza de ver o tempo se acomodando em nós. Com suas propostas, imposições e mudanças. O outono é justamente a ponte por onde a vida se transporta para dentro de nós. E então nos percebemos diante de realidades que não imaginávamos um dia ter que tocar. Há outonos que duram um dia, outros, alguns segundos. Cada coração o percebe de acordo com suas condições.
PE. Fábio de Melo.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Seja feliz, se quer ser bonita!
"Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco.
Mas combata a depressão.
Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito.
Esforce-se para ser alegre.
Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade.
Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz.(...)
Seja feliz, se quer ser bonita!"
Clarice Lispector
O Milton Nascimento canta que "os sonhos não envelhecem."
Canto sozinha, e sei que cantar é uma forma de manifestar vários sentimentos bons, assim como sonhar é uma forma de renascer a cada piscar de olhos. Sonho para amanhã o que ainda não posso viver hoje, e já imagino sorridente o caminho que nascerá entre o que eu posso, e o que eu quero da felicidade.
Entre uma música e outra, respiro profundamente, e absorvo a idéia do Padre Fábio de Melo, de que a "Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos bem nascidos, agradáveis aos olhos!" Não há nada mais belo em reconhecermo-nos férteis a bons plantios, regados a sonhos, pessoas, músicas, tempo e alegria!
É isso mesmo! "Seja feliz, se quer ser bonita!"
Mona,
Crato, 09/09/2011.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
A melodia que me invade, tem o som da esperança.
"Que essa minha vontade de ir embora,
Se transforme na calma e na paz que eu mereço!"
Se transforme na calma e na paz que eu mereço!"
Oswaldo Montenegro
Sempre que ouço afirmarem que "tudo está em nós”, viajo para o meu coração, e reforço em mim a crença de que o poder de transformação nos habita; as atitudes homônimas idem; lembro à aceitação que vive adormecida, que ela deve estar a postos quando requisitada; vejo que a felicidade quando não é fato, é lembrança; sinto o amor que passeia entre pensamentos e suspiros, e revela-se desejo constante, sendo o nosso maior cúmplice para manter-nos vivos, ser seguido pelos vários sentimentos que se enfileiram em prateleiras de maior e menor uso. Em uma delas, entendo que quanto mais fé tivermos, mais forte ela revelar-se-á e coabitará conosco o nosso coração como flores da primavera, acendendo o caminho com a alegria de ser esperança. Quando volto, após ter revisto tudo que me pertence, reaprendo que somos nós mesmos quem nos revelamos nesta receita básica de composição personalíssima, em uma equação que levará todos os dias das nossas vidas para executar-se. Com propriedade sobre o que me limita, afirmo que é verdade que “Tudo que é necessário está em nós.”
Em uma repetida tentativa de autoconhecimento, me vejo entoando um pensamento do CFAbreu com uma melodia leve, sugerindo um desejo constante de que ela nos invada com sabedoria, revelando o caminho que há entre o que podemos, e o que jamais poderemos ver...
“Hoje quero passar dos limites da aparência e achar o que há de mais lindo no coração.”
Mona,
Crato, 08 de setembro de 2011.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Mudaram as estações...
Quando eu for, um dia desses, poeira ou folha levada no vento da madrugada,
Serei um pouco do nada invisível, delicioso, que faz com que o teu ar pareça mais um olhar,
Serei um pouco do nada invisível, delicioso, que faz com que o teu ar pareça mais um olhar,
suave mistério amoroso, cidade de meu andar (Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
E talvez de meu repouso...
Mário Quintana
...Como é difícil vestir a mudança das estações, e entender a substituição das presenças e característícas que nos enraízam. É igualmente duro aceitar a despedida de tudo o que foi idealizado, sonhar os sonhos transformados, e substitui-los pela esperança que deve ser sempre semente germinada. Mas, tendo este ponto de luz no peito, será providencial acreditar que nasceremos filhos da próxima estação, e como uma mãe, ela virá com cuidado nos resgatar da anterior e nos mover adiante da dor que é despedirmo-nos de um agora.
Mona,
Crato, 05 de setembro de 2011.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Renasça você também...
"...Hoje sei que dá pra renascer várias vezes nessa mesma vida.
Basta desaprender o receio de mudar!"
Marta Medeiros
Ando lutando para incorporar tudo que aprendi.
Entre uma mudança e outra, é fundamental que haja a entronização do aprendizado, para que ele permaneça em nós pelas vivências seguintes, norteando a ação nossa de cada dia. Como mérito, haverá em nós uma eterna crença na melhoria!!! Como reflexo do bem que é crescer, surgirá no outro uma sugestão cúmplice de alcance. E eu sigo adiante, desejando que floresça no meu próximo uma inspiração de superação e mudança na sua condição singular de ser feliz! Gosto de como o Padre Fábio se intitula: Inacabado! Penso que "o inacabado que há em mim”, poderá ser construído junto com você, e que juntos poderemos fazer o que deve ser feito para alcançar o sentido do recomeço.
Mona,
Crato, 02 de setembro de 2011.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Esperança tem cor.
"...Desde criança procuro o sopro da palavra que dá vida aos sussurros, para ser mais do que eu, pois tão pouco sou. De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é."
Clarice L.
...Que o sopro que divinamente nos deu a vida, nos revisite a cada amanhecer, floresça o nosso caminhar, e nos ensine a SER o que devemos, porque nunca sabemos quando iremos “além das cortinas, mesmo que sejam palcos azuis”, convenço-me infantilmente, colorindo minhas esperanças, como bem o fez Chico Buarque
Clarice in action!
Meryl Streep vai viver Clarice Lispector no cinema, diz jornal.
A atriz teria sido convidada pelo diretor americano Benjamin Moser, autor de "Clarice", uma das biografias da escritora, e já teria aceitado a proposta. Meryl também teria se declarado fã de Lispector.
Ótima atriz, para excelente história!quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Passos de luz.
"Era um caminho que de tão velho, minha filha,
já nem mais sabia aonde ia...
Era um caminho velhinho, perdido...
Não havia traços de passos no dia em que por acaso o descobri:
pedras e urzes iam cobrindo tudo.
...O caminho agonizava, morria sozinho...
Eu vi...
Porque são os passos que fazem os caminhos."
Mário Quintana
Peço a Deus que me ilumine nas escolhas diárias. Sempre.
Iluminar-se e se fazer espelho de luz, é entender que a cada passo, há um encontro.
Na renovação do hoje, repetidas vezes somos levados a (re)escolher quem queremos ser. São tantos os primeiros passos. Vejo que os recomeços são possibilidades abençoadas. Há um cuidar divino na segunda chance para a consciência do amor ao próximo, por exemplo. Este cuidado nos torna únicos.
Li ontem que "o topo de uma escada é tão somente o primeiro degrau da próxima." Me senti fortemente impelida a continuar caminhando e confortável ao saber que, entrando em sintonia, comumente atraímos corações que partilham da mesma frequencia. A boa companhia torna o caminho leve, sem dimensão. É comum perder o fio do tempo quando estamos indo na direção certa. As noites não escurecem, porque o brilho que há em nós acende o que vive em volta.
Haverá sempre entrega.
E sempre retorno.
Crendo, a gente vai levando os passos adiante e a fé nos tornará atentos às curvas e pedras.
Mona,
Crato, 29 de agosto de 2011.
Raízes.
“Poesia não é para compreender mas para incorporar
Entender é parede: procure ser árvore.”
Manoel de Barros
...Vendo o pôr-do-sol agora me emocionei com a beleza, a força, o ciclo... é tão divino que me preenche inteira. Não há um só lugar no meu corpo que não agradeça senti-lo. Lembrei do Padre Fábio..."Ter um coração que SENTE é um presente." É mesmo! Ter emoção à flor da pele, lágrimas rasas, que caem em um peito que pulsa, é vida. E vida é sempre benção.
Obrigada, meu Deus, minha vida.
Crato, 21 de março de 2011.
O meu universo também sou eu.
Einstein
...E é Melhor ir seguindo, vivo...com fé, feliz com a mente e o coração cheio de bons propósitos! A cada dia mais, me convenço que a chave do meu mundo está em mim... E o que dentro dele está, também.
Mona,
Crato, 13 de abril de 2011.
...Adiante!
Recebi este vídeo há anos, de uma amiga muito querida! Como já disse outras vezes, me emocionei com a mensagem, e é bacana poder compartilhá-la. É um assunto antigo, de sugestões já conhecidas... mas que sempre nos surpreendem.
Tomar atitudes é mais do que sabê-las, e isso faz toda a diferença. Já nos disse Goethe que "Saber e não fazer, é ainda não saber!" Na prática, ir adiante é sinônimo de avançar, e isso sempre parece positivo. Como as verdades não são absolutas, espero conseguir diferenciar com consciência a hora de ir e de ficar, porque permanecer, em algumas situações, também será igualmente sábio.
Neste vídeo, específicamente, vimos que IR requer a DECISÃO de seguir, a partir da nossa coragem, disposição, e vontade, sentimentos esses, muito particulares. Mas ainda acho que o IR inspirará vitória, obtendo nós os resultados desejados ou não. Sim, porque temos que estar preparados para as adversidades. E aí, o que importa mesmo é a ATITUDE. O exercício de decidir e de ser resoluto. O ganho está em mudar o passo, em olhar para cima e em escolher um caminho.
Torço para que sigamos em frente, com o coração cheio de fé, vontade e coerência.
E, depois de sentir Nietzsche, me vejo nele desejando que "tudo somado e em suma: quero ser, algum dia apenas alguém que diz sim."
Mona,
Crato, 31 de outubro de 2008.
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